Lendas

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Com esse nome e capa, você até imagina que a história é só puxação de saco com os heróis. E é.


Lendas é uma saga da DC Comics que rolou entre novembro de 1986 a abril de 1987. Originalmente era pra ser só uma continuação qualquer de Crise nas Infinitas Terras, que seria algo do tipo Crise na Terra Principal ou sei lá o que, mas no fim de tudo, John Ostrander, Len Wein e John Byrne conseguiram criar uma puta saga que não tinha nada a ver realmente lá com a primeira crise, mas que deixou muitos heróis com o cu na mão achando que iriam ser banidos da existência e perder seus empregos de usar uniforme de palhaço de circo e se acharem os defensores da Terra, os milicianos de colante.

A investida do tirano com capacete de cuia[editar]

A saga começa com o Darkseid, aquele cabeça de cuia lá de Apokolips, que tinha prometido no final da Crise nas Infinitas Terras após despachar o Antimonitor, que iria logo logo ser a vez dele brincar de terrorista com a Terra. E a chance chegou, quando um de seus capangas, o Glorioso Godfrey, decide pagar de Fredric Wertham da vida real (quer dizer, na verdade quis pagar de versão quadrinística do Fredric... ah, enfim, eu me confundi todo aqui) e começou a hipnotizar todos os adultos, usando uma técnica que depois ia ser imitada porcamente pelo Ivan Ooze para destruir os Power Rangers, mas nesse caso aqui o objetivo era acabar com os heróis.

Só para esquentar as coisas, mandaram um monstrengo chamado Caldeirão para destruir o Monte Rushmore, e a Liga da Justiça da época (que vivia em Detroit, o que explica muita coisa) tenta deter o gigante e não consegue né, já que a encarnação da Liga aí era a mais fodida da história. Curiosamente um monte de vilão aparece do nada e despacha o sujeito, mostrando que os vilões tavam sendo de mais valia que os heróis. Nesse meio tempo, o segundo Robin é linchado pela galera até porque a essa altura ninguém gostava mesmo do Jason Todd, o Capitão Marvel Shazam fica com medinho de dizer a palavrinha mágica pra virar herói e um herói do futuro, o Cósmico, quase morre também tentando ajudar a turminha do passado (ao mesmo tempo em que ele descobre que o passado tá uma porra sem sentido algum e nem o Superman lembra mais do sujeito).

Com tanta merda acontecendo, o presidente Ronald Reagan, que podia ser burro, mas não era louco (ainda), decide proibir as atividades de todos os super-heróis, o que obviamente alguns, como Guy Gardner e Besouro Azul solenemente ignoram.

Como reverter o jogo graças a uns quadrinhos[editar]

Outro teimoso, Senhor Destino, chama alguns heróis (Superman, Batman, Canário Negro, Flash (Wally West), Shazam, Besouro Azul, Senhor Milagre, Mutano, Caçador de Marte e Guy Gardner), para juntos derrotarem o verdadeiro inimigo, ao revelar que o "G. Gordon Godfrey" na verdade era um vilão escroto por trás da carcaça de um psicólogo manipulador de opiniões. Com a aparição da Mulher-Maravilha (que nessa cronologia sei lá porque pela primeira vez tava dando as caras junto aos heróis, e que poucos anos mais tarde o povo reverteria essa porra toda) deixou um monte de homens que tinham sido hipnotizados pelo Glorioso Godfrey agora hipnotizados por ela e se recusando a obedecer o falso psicólogo.

Só as mulheres e viados como você continuaram a obedecer as ordens do sujeito, que junto com um exército de parademônios ameaçava destruir os heróis, mas de última hora as criancinhas decidiram intervir e defender os babacas de colante, sob a alegação óbvia de que se eles morressem, não ia mais ter histórias em quadrinhos, numa metalinguagem tão fodida que só os mais nerds sacaram a jogada genial da DC Comics. E assim as crianças venceram seus pais, sem um peteleco sequer (quer dizer, o Glorioso Godfrey tomou um sim, pra dentro de um tubo de explosão, seguido de uma prisão fodida em Apokolips por ter falhado desgraçadamente).

Consequências[editar]

Essa saga teve algumas consequências bem longo prazo na DC, além de ter virado quase uma regra de "sagas de inverno" da editora (claro, inverno no hemisfério norte), em contraste com a concorrência, que investiria nas "sagas de verão" como Ataques Atlantes e Atos de Vingança, só pra fazer média mesmo com a DC. Então vamos a algumas consequências aqui:

  • Deu origem a uma nova Liga da Justiça, a Liga da Justiça Internacional, também chamada de Liga dos Palhacitos;
  • Também marcou a estreia de uma nova equipe, uma nova versão do Esquadrão Suicida, e a partir de agora formado em sua maioria por vilões tentando reduzir suas penas, onde a premissa era que a cada missão se possível pelo menos um vilão fosse pro beleléu pra tirar um desses pedaços de merda da existência;
  • Fez o plot da primeira aparição da Mulher-Maravilha junto com os outros heróis, deixando eles babando aquelas saias curtas e aquelas coxas enormes... ok, eu entendo. Teve até um namorico dela com o Superman aí, nada igual o que rolaria depois de Os Novos 52, mas bem forte com certeza;
  • Mudou o passado todo que a Legião dos Super-Heróis até então acreditavam, o que foi uma ziguezira tão desgraçada que tiveram que dar fim no Superboy original, mas pra isso criando uma porra de uma terra paralela num universo compacto ou sei lá o que. Isso foi motivo de depois um monte de retcons e bobalhadas similares que no fim essa porra toda aí só serviu pra deixar cabeça de leitor ainda mais doida do que já tava antes da Crise nas Infinitas Terras. Meus parabéns a todos envolvidos!
v d e h
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