Svoboda | Graniru | BBC Russia | Golosameriki | Facebook
Mostrando postagens com marcador kusudama. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador kusudama. Mostrar todas as postagens

2.5.18

Ninho de Tsuru!

Ainda muito discreta, já pode ser observada a surgente e fértil relação entre origami e crochê que vêm se mesclando para o ressurgimento do atelier Dobrinhas. Muito estudo, reflexão e afeto estão sendo mobilizados nessa gestação.
Convido todo mundo a acompanhar esse processo.
Beijo grande!







Na montagem tem módulos Sonobe arrematados pelos meus modulinhos de fechamento, um tsuru, folhinhas e pena em crochê.

4.5.17

Tenho um dragão que mora comigo.




Assim começa Os dragões não conhecem o paraíso, um dos contos mais devastadores de Caio Fernando Abreu, que fala sobre um ser que não reconhece o belo e o terno, que destrói tudo e deita-se sobre as cinzas.

Não, não é desse dragão que estou falando.
Na verdade, foi pelas dragães que me apaixonei, as dragoas mães, que se espelham e alimentam de vulcões. Talvez, devesse dizer vulcães, aqueles que acolhem, fertilizam, fortalecem, mas não matam. As dragães não chocam seus ovos. Preciosos, precisam ser espalhados pelo mundo bem escondidos até a hora da eclosão.  Lá de dentro, as draguinhas vão aprendendo, sem se contaminarem, tudo sobre a natureza e os seres humanos.
Todo mundo pode ter um, basta vasculhar fundo no coração. Lá estará um ovinho. Cuide bem dele, ajude nas pequenas explosões e sinta a força dessa criatura parceira crescendo com você, como Jorge deve ter sentido. 
As armas de Jorge são endógenas, sabia?





***
De que cor é o dragão que você teria em casa?

Em março, fiz uma enquete atendida de pronto por dezenas de amigos. Senti o prazer que todo mundo teve ao conceber suas respostas. A partir dela, surgiram dezenas de dragõezinhos, supercoloridos na primeira leva, feita exclusivamente para o niver de Thato.
Na segunda leva, me empenhei em atender às cores mais pedidas: azul, verde, vermelho e roxo. Para  compor, logo encontrei a kusudama Etna de Maria Sinayskaya e outras duas também dela com o topo das pirâmides abertas por onde a lava poderia sair. Estudei cores de vulcões, de suas lavas, e fiquei séculos matutando em como referenciar a Caldeira de Yellowstone - Uau! -, sendo salva por Sonobe. Esta produção estará disponível no Bazar Traga Sua Obra de Dia das Mães da MauMau.

Muito obrigada a todas que me acompanharam ao longo dessa fissura, verdadeira fenda mental coletiva.
Beijo grande!

29.3.17

Um ninho de corais!



Meu filho é criado em rede.
Pensando bem, eu nem deveria dizer que tenho um filho, assim no singular, pois nós o temos. Meus pais, minhas irmãs, minha tia Eva, minha prima Simone, meu sobrinho Diogo, além de meus amigos e amigos dele, todo mundo cuida do pirraia desde sempre, cada um observando um aspecto em que pode dar uma mãozinha.
Acho que todo mundo devia ter esse dever e esse privilégio. Todo mundo é responsável por todas as pessoas que nascem.
Foi a partir de pensamentos como esse que nasceu esta peixinha. Protegida por todas, vive em um lindo coral de onde é livre para ir, vir e se arriscar. Ninguém fica cantando "o mundo é um moinho" na cabeça dela.
Hehehe
:D







A Kusudama desenhada por Tomoko Fuse - amo! - foi fundamental para a criação dessa peça. Seus módulos simples e elegantes como pequenos catamarãs me levaram a adicionar um barquinho tradicional ao móbile. Na kusudama, usei o mesmo papel do barquinho, mas com intervenção em spray, pois os azuis são impossíveis de se encontrar no Recife (não no recife onde vive a peixinha, mas onde eu vivo, hehehe lá, azul deve ser o que mais tem.).
Encimando tudo, um solzinho Froebel.

Os módulos da kusudama. 

Os barquinhos que vieram mimetizá-los.

Ah! Os peixinhos! Foi Paulo Mulatinho quem me deu um de isca.
Desfiz e aprendi.
Perfeitos!

11.6.16

Sobre brochuras, brocardos e o significado da leitura!

Queridos amigos,



Nossa casa foi invadida por uma enchente na última grande chuva que caiu sobre Olinda poucas semana atrás. Efeito não só da força da natureza, mas também da irresponsabilidade dos poderes públicos em diversos níveis.

Como havia mais de 20 anos que não entrava uma gota aqui, relaxamos quanto à altura segura para se guardarem os livros. Assim, toda a literatura que forjou a infância e adolescência de Kiichi se perdeu. Os dragões de Eragon não soltam mais fogo, a varinha de Harry está dando defeito, até parecia uma das maldades do Conde Olaf e não teve toalha de Arthur Dent que desse conta.
:o

Desolado, o pequeno nipoafricano deixou os livros empapados em água suja no quintal, ainda ensaiou alguns brocardos sobre as brochuras, mas desistiu.
Foi então que a mágica funcionou na minha cabecinha prolixa! Aqui é a terra da Febre do Rato! Liguei para Dra. Tora, minha irmã infectologista para saber como tornar viáveis aqueles papéis e tome dois dias de vinagre e sol nas páginas já soltas.







O símbolo preferido de Kiichi no livro Senhor dos Anéis, que já havia se tornado tatuagem no seu braço, virou inspiração para a criação da peça. Adaptei os módulos Sonobe para um formato elipsoide de revolução (adoro!!!), com mais de 30 peças, mas não sei exatamente quantas. Escolhi estrelas de oito pontas e criei raízes mágicas com canudos de papel.
Usei o mínimo de cola branca possível e amarrei tudo com linha de encadernação, em referência às brochuras originais.
E voilá!
Que acharam?
:D








27.4.16

Pequenas Tartarugas!



Sou apaixonada por Tomoko Fuse, todo mundo sabe!
Mas, faz uns 10 anos que aprendi a dobrar a kusudama Little Turtle e nunca consegui chegar a uma montagem que me agradasse. Sou pioneira no uso lúdico de animaizinhos e flores penduradinhos entre o pingente e a kusudama e queria muito encontrar tartaruguinhas que dialogassem direitinho com esse modelo. Vejam como o módulo se parece mesmo com uma tartaruguinha:



Para ser montado, precisa de mais duas dobrinhas, a fim de criar bolsinhos para encaixes, ficando assim:



Mas, não seria o caso de usar os próprios módulos para a representação de tartaruguinhas? Experimentei e não me agradei. Estudei tartarugas, umas fáceis, outras rebuscadas, e nada.
Até que a simplicidade saltou diante dos meus olhos. Não era um sapinho, mas juro que saltou. hehehe.



Encontrei a tartaruguinha dialogante! :D
A kusudama virou um ninho, bordou-se de fios de mar, e de lá brotaram seguindo o verde-azul, as tartaruguinhas.





30.4.15

Minha mãe é uma coruja! Oba!

Minha reverência às mães que cuidam sozinhas dos seus filhotes todos os dias,
com amor, diálogo, cuidado e muito reforço na autoestima dos pequeninos.
Como prevenção, é sempre bom não ter amigas-águias por perto.
:D




1.4.15

Floradas em Olinda



Um livro é capaz de nos levar a muitos outros lugares.

O cheiro de Salvador, por exemplo, já está em nós antes de lá chegarmos,
pois corremos com os pés dos Capitães da Areia,
comemos do prato de Vadinho
e até experimentamos sabores mais secretos por baixo de saias e lençóis.



E,
se esse livro for dobrável,
cheio de desafios origâmicos concebidos a partir das flores de uma região,
das floradas da Serra e do Mar?
Que delícia!
Quando eu chegar lá, já saberei de tudo,
de cores e cheiros, texturas e tamanhos,
pois já terei (re)criado entre meus dedos aquelas flores.
:)

Não me canso de brincar com as composições propostas pelo livro de Flaviane Koti e Vera Young!
:D






14.1.15

Relendo as "Charques" e outras carnes



De que é feita a casa brasileira?
As igrejas e instituições construídas pelo invasores desde o século XVI, em que se estruturam?
Como se levantam os pilares das pontes e se montam os mercados públicos, jogos de armar gigantes trazidos pré-fabricados de além-mar?
Quem investe sua força na construção desse país por não ter como discordar?

E quem, depois de prontas as construções, faz as cozinhas, banheiros e áreas de serviço funcionarem?
Por detrás do azulejo branco limpo: carne, tripas, sangue, gente.

Adriana Varejão faz pensar sobre a formação do povo brasileiro e como nossa sociedade ainda se apoia em conceitos arcaicos que geram discrepâncias abissais entre quem tem e quem não tem.


Ruína de Charque Nova Capela

10.11.14

Kusudama - O discurso se realiza através do cinema

Em oficinas, ao longo dos 11 anos de minha atuação no origami, sempre descrevi a cena imaginária do uso das kusudamas em hospitais no Japão. Na minha cabeça, tratava-se de algo discreto, uma bolinha de cura pequena recheada com ervas amarradinha no espelho da cama, bem próxima à cabeça do paciente.
Já havia visto imagens de kusudamas imensas usadas em aberturas de festivais e campeonatos, que se abriam em chuvas de papéis picados. Mas, essa cena de hospital, eu apenas imaginava.
Convidada a participar do Mercado de Pulgas em comemoração ao centenário de Marguerite Duras na Aliança Francesa do Recife, reservei um tempo para assistir aos filmes baseados nos escritos da autora. E, surpresa, em “Hiroshima, mon amour” (dir. Alain Resnais) estava uma enfermaria toda decorada com kusudamas e tsurus, um circo, uma festa de origamis. Não dá para ver a cor, pois o filme é em preto & branco, mas dá para notar que muitos brilham.
Um filme sobre a paz, que mostra os efeitos nefastos da bomba. Uma cidade a morrer instantânea ou lentamente. Triste de doer.



Mas!
Que felicidade!
Não era viagem minha!
Isso realmente existia!
Quiçá, ainda existe.
Alguém sabe?
Em homenagem ao filme e a esse momento de Marguerite Duras escritora, dobrei uma kusudama branca, a cor do luto oriental, que compus com um dos papéis lindos estampados com minitsurus que Marta Ide me deu. Uma dobrinha pela dor dos que se foram e pela saúde dos que virão.

Na foto, a kusudama Duras em meio aos desenhos lindos de Bárbara Melo



“Ouça. Eu sei. Sei tudo. Isso continua.
As mulheres arriscam-se a ter bebês monstros.
Mas isso continua.
Os homens arriscam-se a ficar estéreis.
Mas isso continua.
A chuva causa medo, a chuva de cinzas nas águas do Pacífico.
As águas do Pacífico matam.
Pescadores morreram.
O alimento causa medo."
Excerto do roteiro de "Hiroshima, mon amour".

8.8.14

Um estudo para Brenda

A partir das floradas de Vera Young e Flaviane Koti.



O Ano do Cavalo Gentil!

(Queridos amigos, 
esqueci de postar a previsão do ano aqui, 
ficando restrita até agora ao fcbk. 
Mil perdões!)



O número síntese das cores,
básico da música,
dos pecados capitais (hummmmm!).
São 7 os mares e as ondinhas que pulamos na virada do ano.
Sete samurais com botas de sete léguas.
Sete esposas, sete irmãos, sete destinos.
Bicho de sete cabeças!
Conta de mentiroso.
No ano do número mágico do desejo do conhecimento, vamos viajar fundo dentro e fora de nós mesmos.
Todas as viagens em corpo, mente ou espírito serão para descobrir outros significados para o sete, outros números, outros caminhos para as nossas vidas, carreiras, destinos.
Que, ao invés de sete, sejam mil as maravilhas neste ano!

2014 chega nos cascos, desembestado.
Não adianta ficar com esse mimimi de que o Carnaval é em março e nada vai acontecer até lá.
O andar dA Carruagem é outro! Vem com a moléstia! Com a bexiga lixa! Virado na gota! Com tudo!
Se o mundo não se mexer, mexamo-nos nós!

Armemos arreios para cada Cavalo que o movimenta. Cavalos de Madeira, dizem os chineses. Com eles, podemos viver o Ano do Cavalo Alado, do Cavalo Marinho e do Cavalo do Cão.
Seu projeto é de ar, mar ou terra?
Monta aí!!!

E para complementar essa energia de ação e aprendizagem, Júpiter brilha em sua influência de abundância, otimismo e generosidade.
É ele que vem nos lembrar que o mundo é feito por cada um de nós e que, por mais velozes que possamos ser, estamos de mãos dadas neste mundinho azul.
É ele que vem nos lembrar da necessidade de gentileza em meio à velocidade, à ferocidade que vem nos embrutecendo nas grandes cidades.

Feliz Ano Novo!
Feliz vida, meus amigos!
Beijo enorme!

Mojica, me gobierna!

Uma bandeira para Mojica
e Fernando, seu maior fã!




Paz e Amor dobradinhos!

Kusudamas da mestra Tomoko Fuse
dobradas com detalhes de papeizinhos que a querida Martinha Ide me deu para experimentar.
Os papéis têm estampa de tsurus.
Lindos!
Branco e rosa para pedir mais paz e amor na aspereza das urbes.
Eu os postei no meu perfil do facebook no dia 17 de junho,
data em que os manifestantes do Movimento Ocupe Estelita
foram atacados pela polícia militar de PE
e tiveram que desocupar o terreno do Cais.

#OcupeEstelita
#ResisteEstelita
o/

4.12.13

Desvendando as floradas da Serra e do Mar


Que beleza o livro "Origami em Flor : kusudamas, guirlandas e buquês", de Flaviane Koti e Vera Young!
Estou apaixonada!
Essa peça modular simplesmente chamada de Buquê já sei que vou usar até gastar as digitais! 
E como ela se identifica com as lindas Fiori de Ricardo Coletto!
Amei!
Obrigada, meninas!
:D 


Para dizer adeus a Sanae.


uma arte

a arte de perder não é nenhum mistério
tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
perca um pouco a cada dia. aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
a arte de perder não é nenhum mistério.
depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subsequente
da viagem não feita. nada disso é sério.
perdi o relógio de mamãe. ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
a arte de perder não é nenhum mistério.
perdi duas cidades lindas. um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
tenho saudade deles. mas não é nada sério.
mesmo perder você ( a voz, o ar etéreo, que eu amo)
não muda nada. pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.

[elizabeth bishop; tradução de paulo henriques brito]

Obrigada pela legenda na hora certa, Micheliny.

17.10.13

Feito pra curar!

É maravilhoso quando alguém nos confia uma missão ligada à cura!

Uma pessoa que conheci numa festa junina em Sampa e que se tornou presença virtual constante na minha vida é Dani Figueiredo. 
Dia desses, ela entrou inbox no fcbk e me pediu para pensar num presente simples e lindo para uma amiga especial que precisa de cura.  

Assim se fez: uma kusudama que eu nunca tinha dobrado com flores de carambola penduradinhas. 
O verde serve para ajudá-la na cura da região das mamas. O lilás, para elevar o espírito. 

Saúde!
;)




14.10.13

Parcerias?

Presentes!



Desde abril, estamos produzindo todos os presentinhos de aniversário dos clientes, amigos e parceiros da Dupla Comunicação.
Criados em parceria com o Dune Estúdio, esse é um trabalho que dá muito prazer em fazer!
São kusudamas com 13 cm de diâmetro de tantas cores quanto encontrarmos, com pingente e duplas de guizos e cristais de papel. Um tsuru encima o móbile para desejar tudo de bom a quem recebe.
Espero que os aniversariantes gostem!
;)

A Dupla fez um vídeo comigo ensinando a dobrar o tsuru.