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Inteligência Artificial ajuda a identificar cancro de origem desconhecida

Programa inteligência artifical
Programa inteligência artifical Direitos de autor EBU/Euronews
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Graças a um sistema de inteligência artificial, uma equipa do Instituto Curie de Paris conseguiu identificar cancro de um paciente. A investigação abre portas a uma ação mais rápida no tratamento da doença.

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O Instituto Marie Curie de Paris está a utilizar um sistema e Inteligência Artificial que consegue determinar a origem de cancros. Este avanço da ciência vai permitir que o tratamento seja administrado o mais rapidamente possível e, por isso, maiores serão as hipóteses de recuperação.

O mais recente caso aconteceu com um reformado, Alain Vadell, que luta há vários anos contra um cancro. Os médicos não conseguiam determinar em que órgão tinha originado o tumor, mas as novas tecnologias, com recurso à IA, tornou possível o impossível e descobriu a sua origem.

Sarah Watson, oncologista e investigadora em inteligência artificial no Instituto Curie em Paris, ao comunicar ao paciente as boas notícias, deixou uma mensagem positiva. "A categorização desta doença na família dos sarcomas abre a possibilidade de tratamentos que não tinha antes", explicou.

Apesar da proeza ser da Inteligência Artificial, não nos podemos esquecer da mão humana, neste caso de Sarah Watson que desenvolveu um algoritmo que processa dezenas de milhares de dados que possibilitam esta descoberta. "Desenvolvemos um algoritmo de aprendizagem profunda que aprendeu a fazer corresponder com sucesso um perfil de ARN específico a um órgão ou tecido específico, independentemente de ser cancro ou não."

As hipóteses de vida dos doentes que receberam tratamento direcionado triplicaram. "Isto é uma arma! A transferência destes métodos matemáticos, destas ferramentas informáticas, para o tratamento dos doentes", explica Watson.

A equipa do Institut Curie analisou dados de RNAseq de 48 tumores de origem desconhecida através deste programa informático.

Em 79% dos casos, o algoritmo foi capaz de identificar o tecido original. De 11 doentes recentemente diagnosticados, oito foram tratados com base nestes resultados e em todos eles o tratamento teve resultados positivos, informa o Instituto.

A IA consegue indicar se o tratamento habitual será um fracasso, ou um sucesso, e pode ajudar a evitar quimioterapia desnecessária.

A democratização desta tecnologia em todo o país é um verdadeiro desafio e uma fonte de esperança. O cancro afecta 430 000 pessoas todos os anos.

O Institut Curie, o principal centro de cancro em França, combina um centro de investigação com um complexo hospitalar de última geração que trata todos os cancros, incluindo os mais raros.

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