Marta de Mesquita da Câmara
Marta de Mesquita da Câmara | |
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Pseudónimo(s) | Tia Madalena |
Nascimento | 24 de agosto de 1894 Porto |
Morte | 20 de novembro de 1980 Porto |
Nacionalidade | Portuguesa |
Progenitores | Pai: Teotónio Câmara Lima |
Ocupação | Jornalista |
Marta de Mesquita da Câmara (Porto, 24 de Agosto de 1895 — Porto, 20 de Novembro de 1980), com o nome também grafado Martha de Mesquita da Câmara, foi uma professora, poetisa, jornalista e autora de literatura infantil. Também usava o pseudónimo de Tia Madalena.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Marta de Mesquita da Câmara teve ascendência açoriana, pois foi filha do escritor e publicista Teotónio Simão da Câmara Lima, e a sua mãe era tia do escritor e jornalista Alfredo de Mesquita.
Publicou em 1924 o livro de versos Triste, que teve grande aceitação junto da crítica, consagrando-a como poetisa. As obras que se seguiram afirmaram essa reputação, merecendo de Jaime Cortesão o elogio de terem lugar entre a melhor poesia portuguesa pela elevação do sentimento e vigor da forma louvando-lhe o sentimentalismo contido e a depuração formal. Também João Gaspar Simões a coloca entre as principais poetisas portuguesas, comparando-a a Florbela Espanca. Foi também distinguida por José Régio na sua acção de crítica literária.
Publicou em 1940 a obra Conte uma história, um conjunto de contos, poesias e fábulas destinadas ao público infanto-juvenil. Neste mesmo género literário manteve uma secção permanente no jornal O Primeiro de Janeiro e colaborou com diversos outros periódicos, assinando com o pseudónimo Tia Madalena.[1] Também foi tradutora de autores de literatura infantil.
Pertenceu aos corpos directivos da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
A obra poética de Marta de Mesquita da Câmara foi reunida em Poesias Completas, saída a público em 1960. Conhecem-se, contudo, criações posteriores publicadas em periódicos.[2]
Obras[3][editar | editar código-fonte]
Obras impressas[editar | editar código-fonte]
- Arco-Íris, 1925
- Pó do teu caminho…, Lisboa, Edição da "Seara Nova", 1926.
- Relicário
- Triste, 1924.
- Triste: versos (2.ª edição aumentada de muitas poesias inéditas), Porto, Tavares Martins, 1934.
- Conte uma história (contos infantis), Porto, 1940.
- Poemas, Porto, ed. "O Primeiro de Janeiro", 1952.
- Era uma vez… (1.ª edição), Porto, Liv. Figueirinhas, 1954.
- Era uma vez… (2.ª edição), Porto, Liv. Figueirinhas, 1957.
- Poesias Completas, Porto, 1960.
- Recreio (contos) Porto, Figueirinhas, 1960.
- Canteiro dos meus amores (contos), Porto, Figueirinhas, 1958.
- Canteiro dos meus amores (contos infantis), Porto, Liv. Figueirinhas, 1962.
Colaboração em publicações periódicas[editar | editar código-fonte]
- O Século
- Diário de Notícias
- O Primeiro de Janeiro
- Mulheres do Norte
- Mensário de Arte e Literatura
Efemérides[editar | editar código-fonte]
Marta de Mesquita da Câmara é lembrada na toponímia de uma rua na Foz do Douro.
Referências
- ↑ António Ornelas Mendes e Jorge Forjaz, Genealogias da Ilha Terceira, Dislivro Histórica, Lisboa, 2007 (ISBN 978-972-8876-98-2).
- ↑ Martha de Mesquita da Câmara em Ave Azul.
- ↑ «Marta de Mesquita da Câmara». "Escritoras em Português" - Projeto FLUL. Consultado em 6 de outubro de 2017
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- SALVADO, António, Antologia da Poesia Feminina Portuguesa, Fundão, Edições Jornal do Fundão, 1980 [1ª edição: 1860; reed: 1970, 1973], pp. 170-173.