Menachem Begin
Menachem Begin | |
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Menachem Begin | |
Primeiro-ministro de Israel | |
Período | 20 de Junho de 1977 – 10 de Outubro de 1983 |
Antecessor(a) | Yitzhak Rabin |
Sucessor(a) | Yitzhak Shamir |
Dados pessoais | |
Nascimento | 16 de agosto de 1913 Brest, Império Russo |
Morte | 9 de março de 1992 (78 anos) Tel Aviv, Israel |
Cônjuge | Aliza Arnold (1939-1982) |
Filhos(as) | Ze'ev Binyamin Hasia Leah |
Partido | Likud |
Religião | Judaísmo |
Assinatura |
Menachem Begin (Brest-Litovsk, 16 de agosto de 1913 — Jerusalém, 9 de março de 1992) tornou-se o sexto primeiro-ministro de Israel em Maio de 1977. Ele negociou os Acordos de Camp David com o presidente do Egipto Muhammad Anwar al-Sadat, pelo qual ambos receberam o Prémio Nobel da Paz em 1978.
Notas biográficas[editar | editar código-fonte]
Em 1939 ele tornou-se líder do Movimento Betar, um movimento juvenil sionista. Em 1940-1941 foi prisioneiro da União Soviética, sendo libertado em 1941 após o Acordo Sikorski-Mayski para, em seguida, juntar-se ao Exército de Anders polaco. Não oficialmente libertado desse exército juntamente com outros soldados judaicos, em 1942 ele aderiu ao Irgun (também conhecido como Etzel) e em 1947 assumiu a liderança. Ele foi responsável pelo Atentado do Hotel King David em Jerusalém, na altura a central administrativa e militar dos britânicos no Mandato Britânico da Palestina, um atentado que fez 91 mortos.[1]
Em 1948 ele esteve envolvido no transporte de armas para Israel, para o Irgun, o que acabou no afundamento do navio Altalena, ordenado por David Ben-Gurion. No mesmo ano foram denunciados os métodos terroristas, de inspiração nazi e fascista, levados a cabo pelo Irgun "Organização Militar Nacional na Terra de Israel"), que liderava, numa carta aberta publicado pelo jornal The New York Times no dia 4 de dezembro e assinada por diversos intelectuais judeus, entre os quais Albert Einstein e Hannah Arendt.[2]
Em 1979, Begin assinou o Tratado de Paz Israelo-Egípcio com Anwar Al-Sadat.
De acordo com os termos do tratado, Israel entregava a Península do Sinai ao Egipto. Isto significava também a demolição de todos os povoamentos israelitas na área (incluindo a cidade de Yamit). Begin defrontou uma forte oposição a esta medida, o que levou à divisão dentro do seu próprio partido Likud.
Várias centenas de conselheiros militares israelitas são enviados a Guatemala para ajudar a treinar os soldados do ditador Efraín Ríos Montt que enfrenta uma insurreição camponesa.[3]
Em 1981, Begin ordenou o ataque ao reactor nuclear Osiraq/Tammuz no Iraque (um reactor vendido a Saddam Hussein pelos franceses). Pouco depois, Begin afirmou que "De forma nenhuma iremos permitir que um inimigo desenvolva armas de destruição em massa contra o povo de Israel." Esta posição quanto à política nuclear de Israel é agora conhecida como a doutrina Begin, apesar de até hoje não haver provas de que o reator serviria para a produção de armas de destruição em massa.
Em 1982, o governo de Begin decidiu a invasão israelense do sul do Líbano, argumentando a necessidade de acabar com o bombardeamento do norte de Israel por parte da OLP. Isto iniciou a presença israelita na Guerra Civil Libanesa, que continuou por mais três anos (com uma presença menor que continuou até o ano de 2000). De acordo com um repórter do Haaretz, Uzi Benziman, o então ministro da defesa Ariel Sharon enganou Begin quanto ao objectivo da guerra, e estendeu-a sem autorização. Sharon processou o Haaretz e Benziman em 1991. O julgamento durou 11 anos, sendo um dos pontos altos a deposição de Benny Begin, o filho de Menachem Begin, em favor da defesa. Sharon perdeu o caso.[4]
Begin retirou-se em Agosto de 1983, decepcionado e deprimido pela guerra, a morte de sua esposa e a sua própria doença. Faleceu em Jerusalém em 1992, ao que se seguiu uma cerimónia fúnebre simples, tendo sido enterrado no Monte das Oliveiras.[5]
Livros[editar | editar código-fonte]
- The Revolt (ISBN 0-8402-1370-0)
- White nights: The story of a prisoner in Russia (ISBN 0-06-010289-6)
Referências
- ↑ «Bombing of the King David Hotel». www.jewishvirtuallibrary.org. Consultado em 17 de outubro de 2023
- ↑ «1948: N.Y. Times Publishes Letter by Einstein, Other Jews Accusing Menachem Begin of Fascism». Haaretz (em inglês). Consultado em 17 de outubro de 2023
- ↑ Murphy, Maureen Clare (20 de janeiro de 2017). «Israel's shadowy role in Guatemala's dirty war». The Electronic (em inglês). Consultado em 16 de maio de 2021
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 18 de novembro de 2004. Arquivado do original em 8 de março de 2005
- ↑ Menachem Begin (em inglês) no Find a Grave
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Perfil no sítio oficial do Nobel da Paz 1978» (em inglês)
- «The Center for Begin's legacy»
- «The Camp David Accords»
- «The King David Hotel Warnings»
- «Irgun Web Page»
- «Menachem Begin Obituary Editorial»
- «LookSmart - Menachem Begin». directory category
- «Open Directory Project - Menachem Begin». directory category
- «Yahoo - Menachem Begin». directory category
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