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Este estudo baseia-se principalmente em informação estatística publicada, embora se tenha também procedido a recolha directa de dados junto de algumas instituições. O relatório aborda os principais aspectos normalmente considerados num... more
Este estudo baseia-se principalmente em informação estatística publicada, embora se tenha também procedido a recolha directa de dados junto de algumas instituições. O relatório aborda os principais aspectos normalmente considerados num diagnóstico socioeconómico: demografia, educação, emprego, saúde e habitação. No que respeita ao primeiro ponto, atende-se à evolução do volume populacional, à estrutura etária e às variáveis responsáveis pela sua evolução – mortalidade, natalidade e mobilidade. Faz-se ainda uma breve referência à tendência observada na nupcialidade e divorcialidade. Na educação, deu-se uma visão, ainda que sucinta, do nível de habilitações da população do arquipélago, da frequência e abandono do sistema escolar e da qualificação profissional dos docentes. É dada também alguma atenção à formação profissional e ao emprego e desemprego, sua evolução mais recente e principais campos de actuação. No campo da saúde e da habitação, privilegiou-se, no primeiro caso, as condições materiais, tanto no que respeita a estabelecimentos, como a equipamentos e ainda os recursos humanos afectos às várias unidades e situações. O estudo aborda ainda alguns casos de exclusão social como o alcoolismo, a toxicodependência e a delinquência, e, por fim, descreve as instituições de apoio social, os respectivos campos de actuação e as várias actividades desenvolvidas.
Palavras-chave: evolução sociodemográfica (Açores); desigualdades socioeconómicas; desigualdades de qualificações e competências; desigualdades etárias.
Trabalho com base em questionário que deu origem a um relatório de 104 páginas. A sua organização atende a três grandes aspectos. O primeiro respeita à caracterização sociodemográfica do consumidor da CaboTV Açoreana, no qual se... more
Trabalho com base em questionário que deu origem a um relatório de 104 páginas. A sua organização atende a três grandes aspectos. O primeiro respeita à caracterização sociodemográfica do consumidor da CaboTV Açoreana, no qual se considerou não só variáveis como o sexo, a idade, o estado civil, o grau de instrução, a situação face ao trabalho e o nível de rendimento, como outras mais especificamente relacionadas com os média - a televisão, a rádio e os jornais. O segundo aspecto foi dedicado ao relacionamento dos consumidores com a televisão, designadamente no que respeita aos níveis de audiência, preferência de canais e de programação, enquanto que o terceiro atende fundamentalmente à relação dos utentes com a empresa, o respectivo grau de satisfação e expectativas quanto ao desenvolvimento dos serviços a prestar pela CaboTV Açoreana.
Trabalho com 283 páginas que teve como objectivo fundamental a caracterização sociológica e demográfica da situação da família no início desta década. Baseou-se não só em informação estatística de âmbito nacional e europeu, como dos... more
Trabalho com 283 páginas que teve como objectivo fundamental a caracterização sociológica e demográfica da situação da família no início desta década. Baseou-se não só em informação estatística de âmbito nacional e europeu, como dos resultados respeitantes aos Açores de um inquérito às famílias portuguesas realizado pela Euroexpansão em 1994. Apresenta-se dividido em quatro capítulos. No primeiro, de caracterização sociodemográfica das famílias, encontra-se um enquadramento de Portugal e da União Europeia em ordem a determinar a eventual existência de uma especificidade nos comportamentos familiares nos Açores, tendo, no que respeita à região, atendido à situação de cada uma das ilhas. No segundo e no terceiro capítulos explorou-se os aspectos mais relevantes do quotidiano da família e dos valores existentes, através dos resultados obtidos no inquérito realizado a nível nacional. Por fim, no quarto e último capítulo pretende-se fazer um enquadramento teórico das transformações observadas na família nos anos mais recentes e propor algumas linhas de actuação para o futuro.
Estudo de 111 páginas dividido em 4 partes, além de uma introdução na qual se enquadra, de um modo sucinto, a problemática da exclusão social. No primeiro ponto analisa-se a situação actual do repatriado: contexto sociodemográfico e... more
Estudo de 111 páginas dividido em 4 partes, além de uma introdução na qual se enquadra, de um modo sucinto, a problemática da exclusão social. No primeiro ponto analisa-se a situação actual do repatriado: contexto sociodemográfico e familiar, habilitações escolares, emprego, alojamento e proveniência. Estudo realizado com base em questionário, tendo sido entrevistada quase toda a população repatriada residente na ilha de S. Miguel (pelo menos toda a que foi possível localizar), exceptuando os poucos casos em que as pessoas se negaram a colaborar. O segundo, atende às características individuais e contexto familiar antes da emigração, designadamente a situação familiar, questões relacionadas com o emprego e modo de subsistência e as motivações à emigração, aspectos muito direccionados para os respectivos pais que, na maior parte das vezes, foram os responsáveis pela decisão de partida. O terceiro capítulo incide sobre a vida do actual repatriado no país de acolhimento, o seu enquadramento social e familiar e formas de participação na comunidade, enquanto que no quarto e último capítulo se considerou as perspectivas de vida futura avaliadas pelos próprios, destacando-se os principais factores de adaptação e os apoios familiares e institucionais recebidos.
Este trabalho analisa a situação da população com sessenta e mais anos apoiada pelos vários equipamentos sociais da Região Autónoma dos Açores, com base num questionário enviado às diversas instituições com valências para a terceira idade... more
Este trabalho analisa a situação da população com sessenta e mais anos apoiada pelos vários equipamentos sociais da Região Autónoma dos Açores, com base num questionário enviado às diversas instituições com valências para a terceira idade nos anos de 1990, 1993 e 1995. O relatório apresenta-se dividido em quatro capítulos. O primeiro capítulo atende à evolução demográfica da população idosa nos Açores entre 1981 e 1991, não só para a globalidade do arquipélago, como também para cada uma das ilhas e respectivos concelhos, o que permite um enquadramento relativamente pormenorizado do envelhecimento no topo nos Açores. O segundo respeita especificamente à população atendida nos equipamentos sociais, tendo em conta características como a idade (grupos quinquenais), o sexo, o estado civil, o grau de habilitações, o nível de rendimento e a antiga profissão. Neste ponto também se atendeu à situação do arquipélago no seu conjunto e à de cada uma das ilhas. No terceiro capítulo deu-se relevo aos diversos equipamentos sociais, analisando-se a população atendida em cada um deles segundo as características pessoais anteriormente apresentadas. Neste ponto os dados foram tratados unicamente a nível regional. Para finalizar apresenta-se, uma previsão de toda a população idosa dos Açores, a nível global e por ilha, até ao princípio da década de 2000.
Palavras-chave: idade; envelhecimento demográfico (Açores); acção social; desigualdades etárias; desigualdades territoriais (Açores); desigualdades de qualificações e competências.
Análise demográfica das empresas da Região, que se desenvolve em duas grandes vertentes. Uma correspondente ao primeiro capítulo, respeita a uma caracterização do tecido empresarial da Região no ano de 1998 tomando em consideração as... more
Análise demográfica das empresas da Região, que se desenvolve em duas grandes vertentes. Uma correspondente ao primeiro capítulo, respeita a uma caracterização do tecido empresarial da Região no ano de 1998 tomando em consideração as variáveis idade; dimensão; ramos de actividade e natureza jurídica, associando ainda estas características à própria idade e dimensão das empresas. A segunda, respeitante ao segundo capítulo, trata da natalidade e mortalidade das empresas açorianas de 1994 a 1998.
O estudo, cujo relatório tem 173 páginas, teve como objectivo genérico conhecer esta componente actual da sociedade açoriana, que são os imigrantes, atendendo-se, em primeiro lugar, às características demográficas da região e de cada uma... more
O estudo, cujo relatório tem 173 páginas, teve como objectivo genérico conhecer esta componente actual da sociedade açoriana, que são os imigrantes, atendendo-se, em primeiro lugar, às características demográficas da região e de cada uma das suas ilhas, evidenciando as suas necessidades de equilíbrio populacional, bem como as condições genéricas do mercado de trabalho para, posteriormente, se considerar, não só a evolução do número de imigrantes e as suas principais características sociodemográficas, como analisar o seu quotidiano, dificuldades e expectativas - em termos pessoais, familiares, habitacionais e profissionais - relacionadas, tanto quanto possível, com a opção de escolha do arquipélago como espaço de residência. No enquadramento realizado na primeira parte do trabalho, entendemos que este deveria abarcar unicamente o último período intercensitário – 1991-2001, já que é na última década, designadamente na segunda metade, que a imigração começa a ter alguma relevância nos Açores. Relativamente à caracterização do imigrante e, principalmente, as suas expectativas e condições de vida nos Açores, a análise de âmbito sociológico, tem como fonte de informação fundamental o questionário elaborado por este grupo de trabalho do Centro de Estudos Sociais. O contacto com algumas personalidades mais directamente associadas às questões do trabalho e, ainda, responsáveis institucionais pelo apoio aos imigrantes, e empregadores, permitiu uma avaliação exterior por parte de quem trabalha directamente no terreno com os diversos problemas inerentes à imigração, revelando-se um contributo importante, tanto para a realização do questionário, como para a avaliação das respostas.
O Estudo Crianças e Jovens em Instituições de Acolhimento nos Açores, tem como objectivo principal fazer, numa primeira parte, um diagnóstico da situação das crianças e jovens com idades compreendidas entre os 0 e os 18 anos, que se... more
O Estudo Crianças e Jovens em Instituições de Acolhimento nos Açores, tem como objectivo principal fazer, numa primeira parte, um diagnóstico da situação das crianças e jovens com idades compreendidas entre os 0 e os 18 anos, que se encontram em regime de internato nas diversas instituições dos Açores.

Assim, após um enquadramento sobre as principais características sociodemográficas da generalidade da população e deste grupo etário em particular para a globalidade dos Açores e de cada uma das suas ilhas - que possibilita uma análise comparativa com o grupo alvo deste estudo – atende-se, por um lado, a uma caracterização das instituições e, por outro, das próprias crianças e jovens.
Relativamente às instituições, releva-se o ambiente em que se desenvolvem as crianças e os jovens, não só nas suas características materiais, designadamente as condições de habitabilidade do alojamento, os seus espaços e equipamentos, como também os recursos financeiros e humanos de que dispõem. Nestes últimos, atende-se ao conhecimento das suas qualificações e funções, já que são factores que concorrem muito directamente para a formação global da população em estudo.
Num terceiro ponto, o nosso estudo centra-se de um modo particular nas crianças e jovens. Sendo o grupo etário muito amplo – dos 0 aos 18 anos – que configura problemáticas distintas, não podemos deixar de fazer uma análise diferenciada por níveis de idade mais homogéneos, distinguindo, por um lado, as crianças mais pequenas daquelas que iniciam o seu processo educativo no sistema de ensino e, por outro, os jovens, tendo em atenção os mais velhos, em especial aqueles que já podem ter ou têm alguma actividade laboral.
Do mesmo modo, pretende-se conhecer, o mais pormenorizadamente possível, as condições de entrada na instituição, ou seja, o processo de institucionalização, que possibilita uma compreensão mais efectiva de cada uma das crianças e jovens em estudo e, consequentemente, do perfil genérico que delas podemos ter.
Numa segunda parte, temos uma análise mais fina e interligada na informação tratada na primeira parte, relevando-se, por um lado, a importância que têm as dinâmicas e práticas institucionais no desenvolvimento e formação das crianças e jovens e, por outro, os seus valores expectativas. Esta última vertente, ainda que só possa ser realizada para os níveis etários mais velhos, parece-nos ser da maior importância para o conhecimento global que nos propomos efectuar.
Passados quatro anos sobre a realização de um estudo levado a cabo por este Centro de Estudos Sociais sobre a situação dos imigrantes nos Açores (Rocha et al., 2004), impõe-se, hoje, conhecer possíveis tendências evolutivas do fenómeno.... more
Passados quatro anos sobre a realização de um estudo levado a cabo por este Centro de Estudos Sociais sobre a situação dos imigrantes nos Açores (Rocha et al., 2004), impõe-se, hoje, conhecer possíveis tendências evolutivas do fenómeno. Esta necessidade encontra-se ainda reforçada pelo facto de pensarmos que os fluxos imigratórios que se verificaram na Região, no final da década de 90 e no princípio deste século, poderem ter derivado de uma situação conjuntural, indissociável da situação económica da altura e da necessidade de mão-de-obra em alguns sectores específicos do tecido económico regional (como, por exemplo, o da construção civil). Significa isto que a afirmação da manutenção destes mesmos fluxos e, sobretudo, das características da população imigrante então reveladas no referido trabalho, é algo que poderá não ser confirmado no presente, sem que se proceda a uma nova análise, teórica e metodologicamente sólida. Assim, iremos neste estudo retomar alguns dos eixos analíticos anteriormente privilegiados, procurando chegar a resultados comparativos que sejam capazes de revelar tais linhas de evolução. Além disso, é igualmente importante aprofundar outros vectores de análise, que permitam não só explicar a presença actual de população imigrante entre nós, como indicar perspectivas futuras acerca da sua permanência no arquipélago. Não queremos deixar de sublinhar que a análise efectuada se baseia nos dados recolhidos em 2008 e, como tal, não contempla a situação mais recente, designadamente deste ano de 2009, e a consequente crise económica internacional. Esta tem tido reflexos na economia nacional e regional, afectando de modo particular alguns sectores de actividade, como a construção civil e, compreensivelmente, os trabalhadores com maiores dificuldades de inserção laboral, muitos deles imigrantes.
Com o objetivo de conhecer de modo relativamente abrangente o fenómeno da deportação nos Açores, procurou-se perceber os contextos, percursos e algumas das caraterísticas sociodemográficas dos cidadãos deportados nos países onde residiam... more
Com o objetivo de conhecer de modo relativamente abrangente o fenómeno da deportação nos Açores, procurou-se perceber os contextos, percursos e algumas das caraterísticas sociodemográficas dos cidadãos deportados nos países onde residiam anteriormente, os motivos da expulsão, as alterações legislativas nesses países, bem como a sua situação atual e integração na região.Adultos relativamente jovens, na sua maioria, detêm um nível de escolaridade, inferior à da generalidade da população dos países onde residiam, e não foi muito além de saberes básicos. Se existe uma mobilidade social ascendente, tomando por base a primeira geração de emigrantes, mantêm-se as desigualdades face à maioria dos restantes cidadãos daqueles países, num período histórico em que as qualificações de nível médio e superior são mais valorizadas do que há algumas décadas e são, em princípio, um ponto de partida essencial para a progressão num mercado de trabalho cada vez mais exigente e diversificado.
A exposição a novos delitos, isto é, a práticas pouco comuns na sociedade de origem há alguns anos, é principalmente visível nos mais novos, sublinhando-se aqui o consumo e tráfico de estupefacientes, que remete também para o espaço público, de relacionamento entre a população mais jovem, mesmo que adulta. Em sentido inverso, nos mais velhos releva-se o exercício de atos violentos, mais do domínio privado, que não sofriam de penalização efetiva, e até moral e social, na sociedade açoriana num período relativamente recente. A permanência ilegal, relevante nos mais novos, poderá ter justificações dependentes de decisões externas, de menor abertura à emigração e naturalização de imigrantes por parte dos países recetores, como internas, de desconhecimento ou negligência dos próprios deportados.
A associação entre o regresso compulsivo aos Açores e as mudanças na legislação é clara, com os momentos de acréscimo no ritmo das tendências de chegada dos deportados à sua região de nascença a seguirem de muito perto os anos em que as leis foram criadas ou aprofundadas nas suas restrições, tanto nos EUA como no Canadá.
Os deportados sentem-se apanhados num emaranhado legal que não compreendem – apesar de se sentirem norte?americanos – e com o qual têm grande dificuldades em lidar quer pelo afastamento dos valores legais dessa sociedade, quer pela falta de recursos que os levou a situações proletarizadas e, na sua maioria, precárias. Deparam-se, assim, com um quadro legal, mas também político e ideológico, que lhes é completamente estranho.
A obstaculizar ainda o processo de integração nos Açores existe ainda a questão identitária na qual se forjaram e que não desejam perder até no desejo de um regresso aos países dos quais se sentem parte integrante.
São apresentados como elementos passivos: pessoas que preferiam não estar em Portugal, que se encontram numa situação extremamente difícil e dependentes de praticamente todo o tipo de ajuda para começar uma nova vida. Estas situações são referidas nos depoimentos, constituindo mesmo as explicações dadas pelos deportados.
A imprensa escrita acaba, de alguma forma, por colocar em evidência esta construção, embora as representações se ancorem mais em termos de responsabilização individual dos deportados do que nas situações sociais que os levam à deportação.
As representações criadas são, assim, construídas fora das complexas relações sociais que eles viveram e vivem, e que têm de enfrentar, exprimindo uma visão demasiadamente centrada no deportado como grupo, que se prefere em detrimento de uma visão ligada à génese histórica e social da deportação, da emigração e das comunidades imigrantes.
Entendemos que há necessidade de uma avaliação ponderada e realista sobre a possibilidade dos Açores atingirem as metas definidas pela UE na Agenda 2020. Se as relativas à educação e desigualdades sociais dependem de políticas estruturais... more
Entendemos que há necessidade de uma avaliação ponderada e realista sobre a possibilidade dos Açores atingirem as metas definidas pela UE na Agenda 2020. Se as relativas à educação e desigualdades sociais dependem de políticas estruturais de longa duração, que apesar das medidas adotadas nos últimos anos ainda estão, tanto quanto sabemos, longe de atingir os níveis existentes na globalidade do país, já as respeitantes ao emprego têm de ter em consideração a situação de crise económica e financeira que o país atravessa e que tem conduzido a um aumento muito significativo do desemprego. Com efeito, como veremos, este era relativamente baixo nos primeiros anos deste século, mas regista recentemente alterações muito significativas não só no que respeita à sua intensidade, como na abrangência a estratos da população que anteriormente não tinham grande dificuldade de inserção no mercado do trabalho, em especial os mais jovens e qualificados. A debilidade do tecido económico e empresarial – associada aos efeitos da crise e às dificuldades em ultrapassar os já referidos baixos níveis de educação e a permanência de elevados níveis de pobreza – deixa antever um futuro bastante incerto, que urge enfrentar tendo como ponto de partida um conhecimento aprofundado da situação presente, necessário para a implementação de medidas específicas ao nível da educação, do emprego, da pobreza e exclusão social. Estas devem ser enquadradas numa estratégia de desenvolvimento tendente a uma minimização das diferenças relativas ao conjunto do país, das suas grandes regiões, fixando-se, igualmente as condições para o cumprimento das metas da Agenda 2020. A definição desta estratégia é fundamental para equacionar os pressupostos da análise prospetiva, dos seus diferentes cenários, que não se devem confinar a metas quantitativas que não sejam devidamente suportadas por objetivos claros em cada um dos domínios. Para tal, como a seguir se refere, conta-se com as opções expressas pelo poder político, em primeiro lugar, mas também com a opinião dos diferentes atores sociais, em especial do setor económico.
Este estudo respeitante às regiões ultraperiféricas portuguesas - Açores e Madeira engloba três partes para cada uma das regiões. Uma Parte I relativa a um diagnóstico da evolução recente das sociedade açoriana e madeirense, tendo em... more
Este estudo respeitante às regiões ultraperiféricas portuguesas - Açores e Madeira engloba três partes para cada uma das regiões. Uma Parte I relativa a um diagnóstico da evolução recente das sociedade açoriana e madeirense, tendo em conta as principais características das suas populações, quer em termos de dinâmica demográfica, quer no que respeita aos respectivos níveis de qualificação e actividade económica e profissional. Analisa ainda a evolução económica e financeira, tanto em termos macro-económicos, como de despesas sociais, que decorrem das políticas públicas definidas pelos poderes nacionais e regionais, bem como questões associadas às famílias e alojamentos, à saúde e ao ambiente e recursos naturais, aspectos que associados aos anteriormente referidos se apresentam fundamentais na coesão económica e territorial. A Parte II é de análise prospectiva, com base em projecções demográficas entre 2010 e 2030. Neste sentido, constroem-se alguns cenários alternativos não só para as áreas da educação e do emprego, como também da saúde, famílias e alojamentos e do ambiente, designadamente no que respeita aos consumos de água e energia. A parte III analisa as políticas sectoriais das duas regiões, os seus pontos fortes e fracos e perspectivas futuras, tal como são entendidas pelos responsáveis políticos dos dois arquipélagos, em especial no que respeita aos apoios da UE e do cumprimento dos objectivos da Europa 2020, sendo estes também parte importante da análise da Parte II.
Este estudo respeitante às regiões ultraperiféricas portuguesas - Açores e Madeira engloba três partes para cada uma das regiões. Uma Parte I relativa a um diagnóstico da evolução recente das sociedade açoriana e madeirense, tendo em... more
Este estudo respeitante às regiões ultraperiféricas portuguesas - Açores e Madeira engloba três partes para cada uma das regiões. Uma Parte I relativa a um diagnóstico da evolução recente das sociedade açoriana e madeirense, tendo em conta as principais características das suas populações, quer em termos de dinâmica demográfica, quer no que respeita aos respectivos níveis de qualificação e actividade económica e profissional. Analisa ainda a evolução económica e financeira, tanto em termos macro-económicos, como de despesas sociais, que decorrem das políticas públicas definidas pelos poderes nacionais e regionais, bem como questões associadas às famílias e alojamentos, à saúde e ao ambiente e recursos naturais, aspectos que associados aos anteriormente referidos se apresentam fundamentais na coesão económica e territorial. A Parte II é de análise prospectiva, com base em projecções demográficas entre 2010 e 2030. Neste sentido, constroem-se alguns cenários alternativos não só para as áreas da educação e do emprego, como também da saúde, famílias e alojamentos e do ambiente, designadamente no que respeita aos consumos de água e energia. A parte III analisa as políticas sectoriais das duas regiões, os seus pontos fortes e fracos e perspectivas futuras, tal como são entendidas pelos responsáveis políticos dos dois arquipélagos, em especial no que respeita aos apoios da UE e do cumprimento dos objectivos da Europa 2020, sendo estes também parte importante da análise da Parte II.
Apresentamos numa óptica diacronicamente abrangente, cerca de século e meio (de 1869 a 1991) a posição sobre o fenómeno emigratório de algumas personalidades com responsabilidades na vida social açoriana. Distingue-os não só as diversas... more
Apresentamos numa óptica diacronicamente abrangente, cerca de século e meio (de 1869 a 1991) a posição sobre o fenómeno emigratório de algumas personalidades com responsabilidades na vida social açoriana. Distingue-os não só  as diversas épocas e consequentes contextos societais, como os respectivos enquadramentos na estrutura política e social e o carácter individual do seu pensamento.
Contributo para o conhecimento da população açoriana e tributo a Ernesto do Canto e a sua obra, sublinhando a importância da análise das fontes de informação demográfica, não só no que elas nos fornecem de dados, e do que eles valem por... more
Contributo para o conhecimento da população açoriana e tributo a Ernesto do Canto e a sua obra, sublinhando a importância da análise das fontes de informação demográfica, não só no que elas nos fornecem de dados, e do que eles valem por si próprios, mas também na sua apresentação e classificação ou até omissão.
Neste artigo, pretendemos destacar alguns aspectos relacionados com as condições de vida, motivações para sair, e integração no país de acolhimento, de emigrantes que regressaram aos Açores. Focalizamos principalmente aspectos do emprego,... more
Neste artigo, pretendemos destacar alguns aspectos relacionados com as condições de vida, motivações para sair, e integração no país de acolhimento, de emigrantes que regressaram aos Açores. Focalizamos principalmente aspectos do emprego, participação em associações comunitárias e participação política, enfatizando a importância das redes sociais, particularmente as da família, ao longo de todo o processo de migração. Dentro desse marco teórico, o estudo baseou-se em um levantamento, que foi administrado a todos os que haviam vivido no exterior e que mais tarde retornaram à sua região de origem para estabelecer sua residência. Os resultados desta investigação contribuem para a compreensão de um aspecto essencial da história e da sociedade açoriana, servindo igualmente para a definição e implementação de políticas públicas dirigidas a este aspecto da mobilidade no arquipélago.
Em várias teorias migratórias é destacada a importância das características dos territórios de origem e de destino, facto que respeita a todas as deslocações populacionais, principalmente as de longa distância. Se os aspectos económicos... more
Em várias teorias migratórias é destacada a importância das características dos territórios de origem e de destino, facto que respeita a todas as deslocações populacionais, principalmente as de longa distância. Se os aspectos económicos surgem como os factores principais, não devem ser negligenciados outros, que configuram os contextos políticos nacionais e internacionais, principalmente visíveis em certos períodos históricos. É neste quadro conceptual
que nos situamos para aqui abordar a emigração açoriana para o Brasil, sublinhando que, na pluralidade açoriana, a ilha surge como a unidade de análise específica, identitária da evolução desta região arquipelágica.

Região de fronteira, situada em posição charneira no cruzamento de rotas oceânicas, os Açores foram, desde a origem do povoamento, entre 1439 e 1443, uma terra marcada pela circulação das gentes, o que condicionou ao longo dos séculos a evolução e as características demográficas das diversas ilhas. Numa sequência geracional que relacionou a mobilidade da população e a sociedade, o cronista franciscano frei Diogo das Chagas, em meados do século 17, apresentou o que constituiu, no essencial, um vector estruturante da sociedade açoriana desde o início do povoamento até ao final do século 20, ao escrever, a propósito de um dito de tom profético atribuído ao Infante D. Fernando, que "elle como profetizando disse os primeiros pouoadores dessas Ilhas roçarão, e trabalharão, e seus filhos semearão, os netos uenderão, e os mais descendentes fugirão dellas o que assim aconteçeo, conforme o que ate aqui os tempos nos tem mostrados...".

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A mobilidade internacional não tem sido um campo de análise privilegiado em Demografia, designadamente na sua componente formal, contrariamente ao que acontece com as outras variáveis que compõem o seu objeto de estudo. Este facto não... more
A mobilidade internacional não tem sido um campo de análise privilegiado em Demografia, designadamente na sua componente formal, contrariamente ao que acontece com as outras variáveis que compõem o seu objeto de estudo. Este facto não retira, no entanto, a importância que este fenómeno tem na dinâmica demográfica, principalmente quando se está em presença de níveis de natalidade e mortalidade particularmente baixos e se assiste, consequentemente, a um acentuado envelhecimento populacional, como hoje acontece em muitos países. Aqui a mobilidade ganha uma maior relevância, quer se atenda à entrada - fator de reequilíbrio ou minimizador do desequilíbrio da estrutura etária, como à saída, com o acentuar do referido envelhecimento demográfico.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Uma das características do arquipélago dos Açores é a sua desigualdade demográfica, associada, em primeiro lugar, à dimensão geográfica das várias ilhas, mas que a ela não se confina, sendo também de enorme importância a respectiva... more
Uma das características do arquipélago dos Açores é a sua desigualdade demográfica, associada, em primeiro lugar, à dimensão geográfica das várias ilhas, mas que a ela não se confina, sendo também de enorme importância a respectiva localização no interior do arquipélago, aspecto que não pode ser desenquadrado das ligações económicas, sociais e políticas que estabelecem nos diferentes períodos históricos. Mas a singularidade, essencial para um conhecimento mais efectivo do todo decorrente do estudo de cada uma das partes, não deve ignorar igualmente a perspectiva regional, isto é, o papel que o arquipélago teve e tem nos cenários nacionais e internacionais, o seu estatuto de maior ou menor centralidade ou perificidade. [...].info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Em meados do século XX, mais especificamente nas décadas de sessenta e de setenta, os países do continente norte-americano acolheram fluxos significativos de gentes de origem açoriana, cujas experiências de vida, percursos e processos de... more
Em meados do século XX, mais especificamente nas décadas de sessenta e de setenta, os países do continente norte-americano acolheram fluxos significativos de gentes de origem açoriana, cujas experiências de vida, percursos e processos de integração se iniciaram e consolidaram, em idades distintas, nos dois lados do Atlântico. Neste artigo, e tomando como referência dois estudos realizados no Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores, estas gerações de emigrantes, especificamente as que escolheram os Estados Unidos da América como destino, são objeto de uma análise sociodemográfica com base nos que regressaram voluntaria ou compulsivamente à região de origem: os Açores.A mediados do século XX, mais especificamente nas décadas de sesenta e setenta, os países do continente norte-americano acolleram fluxos significativos de xentes de orixe azoriana cuxas experiencias de vida, percursos e procesos de integración se iniciaron e consolidaron, en distintas edades, nos dous lados ...
As alterações sociais decorrentes da instauração do regime democrático em Portugal e, consequentemente, a afirmação do regime autonómico açoriano, tiveram consequências visíveis na dinâmica demográfica de Portugal e das suas regiões. Com... more
As alterações sociais decorrentes da instauração do regime democrático em Portugal e, consequentemente, a afirmação do regime autonómico açoriano, tiveram consequências visíveis na dinâmica demográfica de Portugal e das suas regiões. Com níveis de mortalidade, natalidade e emigração bastante elevados em meados da década de setenta do século XX e uma imigração visível, ainda que não muito elevada, no início deste novo século, assiste-se nos Açores a mudanças tendencialmente similares às verificadas no conjunto do país, ainda que se apresentem temporalmente distintas, o que em nosso entender identifica os Açores no contexto nacional como tendo uma modernização mais tardia. Neste capítulo pretende-se apresentar em primeiro lugar, ainda que de forma sucinta, a evolução das variáveis do movimento natural e migratório observada nos Açores num período longo, que nos permitirá posteriormente uma análise mais específica da tendência da natalidade e da sua relação com a nupcialidade e a estru...
Os textos têm origem nos Colóquios OJA “Dilemas e Desafios da(s) Juventude(s) Europeia(s) no Século XXI” (2013) e “Desafios da Juventude nas Regiões Ultraperiféricas” (2014).[...]. Entendemos organizar esta edição começando precisamente... more
Os textos têm origem nos Colóquios OJA “Dilemas e Desafios da(s) Juventude(s) Europeia(s) no Século XXI” (2013) e “Desafios da Juventude nas Regiões Ultraperiféricas” (2014).[...]. Entendemos organizar esta edição começando precisamente pelas questões relacionadas com o trabalho e o emprego seguindo-se as respeitantes à educação, para posteriormente apresentarmos os capítulos que se centram sobre a cidadania e os novos movimentos sociais. No primeiro caso temos as reflexões de José Machado Pais, Ilona Kovács, Fernando Diogo e Patrícia Faria, bem como de Francisco Simões, um conjunto de quatro capítulos nos quais encontramos abordagens distintas, mais teóricas e globais, por um lado, ou mais empíricas e particularizadas, por outro, que suscitam importantes interrogações acerca da multiplicidade das trajetórias juvenis em contextos sociais cada vez mais plurais e incertos. [...]. Num conjunto de 10 capítulos, bastante diversificados, cremos que esta obra abre inúmeras pistas de reflex...
Pretende-se neste capítulo apresentar algumas das dinâmicas sociais nos Açores nas últimas duas décadas, enquadrando-as na evolução global observada no país. O período adotado é justificável não só pela proximidade temporal, mas também... more
Pretende-se neste capítulo apresentar algumas das dinâmicas sociais nos Açores nas últimas duas décadas, enquadrando-as na evolução global observada no país. O período adotado é justificável não só pela proximidade temporal, mas também por nele se identificarem algumas das mudanças sociais mais significativas ocorridas na sociedade açoriana e, em alguns casos, um atenuar das diferenças face ao todo nacional. Procura-se, assim, dar conta de alguns dos principais elementos estruturantes da análise sociológica, apresentados em pontos separados, 1 como a população e a educação, o emprego, a pobreza e a religiosidade, inseridos num contexto insular, de acentuada dispersão e desigualdade na dimensão geográfica e demográfica das várias ilhas. Como espaço(s) insular(es), de pequena dimensão, aqui não teorizado (s), nem fundamentado(s) nas características identificadoras da(s) insularidade(s), a análise e a compreensão da(s) sociedade(s) açoriana(s) não pode deixar de ter em consideração est...
I L'archipel des Açores est formé par neuf îles naturellement grou-pées en trois ensembles géographiquement définis: le groupe occi-dental (Corvo et Flores), le groupe central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico et Faial) et le... more
I L'archipel des Açores est formé par neuf îles naturellement grou-pées en trois ensembles géographiquement définis: le groupe occi-dental (Corvo et Flores), le groupe central (Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico et Faial) et le groupe oriental (Santa Maria et São Mi-guel). La population ...
A presente edicao resulta integralmente do projecto realizado entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2010 pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Acores e intitulado Estudo Socio-criminal sobre a Violencia Domestica na Regiao... more
A presente edicao resulta integralmente do projecto realizado entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2010 pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Acores e intitulado Estudo Socio-criminal sobre a Violencia Domestica na Regiao autonoma dos Acores. Tratou-se de uma investigacao financiada pelo Ministerio da Administracao Interna, atraves da Direccao-Geral de Administracao Interna, que teve como objectivo geral actualizar e aprofundar o quadro de referencia do conhecimento sobre a violencia domestica na Regiao Autonoma dos Acores. O excepcional trabalho desenvolvido pela equipa de investigadores coordenados pelas Professoras Gilberta Rocha e Piedade Lalanda veio a materializar-se num relatorio final, cuja dimensao, como se antecipara, e insusceptivel de publicacao alargada. Assim, desde logo se admitiu que esse relatorio de pesquisa deveria ficar disponivel em formato digital, para consulta atraves da web (no sitio da DGAI e da propria Universidade), e que uma versao mais sint...
Novas e velhas tendências populacionais congrega um conjunto de capítulos sobre as principais dinâmicas demográficas da atualidade resultantes de comunicações apresentadas no IX Encontro de Sociologia dos Açores, realizado em Novembro de... more
Novas e velhas tendências populacionais congrega um conjunto de capítulos sobre as principais dinâmicas demográficas da atualidade resultantes de comunicações apresentadas no IX Encontro de Sociologia dos Açores, realizado em Novembro de 2012 na Universidade dos Açores. Num contexto em que na sociedade portuguesa já eram visíveis as consequências económicas e sociais resultantes da crise financeira internacional e já estavam a ser implementadas novas propostas de atuação política, cujos efeitos deveriam agravar a base populacional do País, entendeu-se que devia ser um momento privilegiado de reflexão sobre a dinâmica demográfica portuguesa, com especial atenção para a realidade açoriana. Esta iniciativa surge no contexto da atividade científica desenvolvida pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores (1983-2014), agora designado Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade dos Açores (CICS.UAc) que é ainda um polo integrado no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – CICS.NOVA.UAc
Esta obra apresenta o resultado de dois estudos realizados por solicitação do Observatório do Emprego e Formação Profissional da Direcção Regional da Juventude, Emprego e Formação Profissional da Secretaria Regional da Educação e Assuntos... more
Esta obra apresenta o resultado de dois estudos realizados por solicitação do Observatório do Emprego e Formação Profissional da Direcção Regional da Juventude, Emprego e Formação Profissional da Secretaria Regional da Educação e Assuntos Sociais, posteriormente da Educação e Cultura, do Governo Regional dos Açores, intitulados Caracterização social dos agregados familiares com menores em idade escolar nos Açores. O primeiro, relativo ao ano de 1999, foi realizado por uma equipa do Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores e o segundo, respeitante ao ano de 2001, foi elaborado pela Vértice Estudos e Projectos Lda. Ambos tiveram por base inquéritos de âmbito nacional, o primeiro da responsabilidade do então Departamento de Estatística do Trabalho, Emprego e Formação Profissional do Ministério do Trabalho e da Solidariedade e o segundo da responsabilidade do SIETI (Sistema de Informação Estatística sobre Trabalho Infantil), do citado Ministério, actualmente da Segurança Social e do Trabalho. Independentemente dos objectivos subjacentes à elaboração dos questionários, estritamente direccionados para o conhecimento da situação dos menores, designadamente na sua relação com o trabalho, entendeu o Observatório do Emprego e Formação Profissional dos Açores que, principalmente no primeiro estudo, se analisasse também o contexto familiar da população com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos, tendo em conta, não só as principais características sociodemográficas da totalidade da população, como uma análise mais específica dos agregados familiares. É por isso que o primeiro relatório, de 1999, dá um desenvolvimento muito particular aos agregados familiares e à população em análise, que serve de suporte ao enquadramento dos menores na sua vida quotidiana, ou seja, na família, na escola e nos tempos livres. Já o segundo, de 2001, procura fundamentalmente uma actualização dos dados, com uma incidência particular no trabalho infantil, nos seus conceitos, além de um diagnóstico socioeconómico da Região Autónoma dos Açores. Palavras-chave: juventude; inserção profissional (Açores); trabalho; desigualdades de qualificações e competências; desigualdades no emprego
Page 1. Observatório do Emprego e Formação Profissional da Região Autónoma dos Açores IMIGRANTES NOS AÇORES Luís Rocha Page 2. IMIGRANTES NOS AÇORES ∎ Protocolo entre a Direcção Regional do Trabalho e Qualificação Profissional (DRTQP) ...
Entendemos que há necessidade de uma avaliação ponderada e realista sobre a possibilidade dos Açores atingirem as metas definidas pela UE na Agenda 2020. Se as relativas à educação e desigualdades sociais dependem de políticas estruturais... more
Entendemos que há necessidade de uma avaliação ponderada e realista sobre a possibilidade dos Açores atingirem as metas definidas pela UE na Agenda 2020. Se as relativas à educação e desigualdades sociais dependem de políticas estruturais de longa duração, que apesar das medidas adotadas nos últimos anos ainda estão, tanto quanto sabemos, longe de atingir os níveis existentes na globalidade do país, já as respeitantes ao emprego têm de ter em consideração a situação de crise económica e financeira que o país atravessa e que tem conduzido a um aumento muito significativo do desemprego. Com efeito, como veremos, este era relativamente baixo nos primeiros anos deste século, mas regista recentemente alterações muito significativas não só no que respeita à sua intensidade, como na abrangência a estratos da população que anteriormente não tinham grande dificuldade de inserção no mercado do trabalho, em especial os mais jovens e qualificados. A debilidade do tecido económico e empresarial – associada aos efeitos da crise e às dificuldades em ultrapassar os já referidos baixos níveis de educação e a permanência de elevados níveis de pobreza – deixa antever um futuro bastante incerto, que urge enfrentar tendo como ponto de partida um conhecimento aprofundado da situação presente, necessário para a implementação de medidas específicas ao nível da educação, do emprego, da pobreza e exclusão social. Estas devem ser enquadradas numa estratégia de desenvolvimento tendente a uma minimização das diferenças relativas ao conjunto do país, das suas grandes regiões, fixando-se, igualmente as condições para o cumprimento das metas da Agenda 2020. A definição desta estratégia é fundamental para equacionar os pressupostos da análise prospetiva, dos seus diferentes cenários, que não se devem confinar a metas quantitativas que não sejam devidamente suportadas por objetivos claros em cada um dos domínios. Para tal, como a seguir se refere, conta-se com as opções expressas pelo poder político, em primeiro lugar, mas também com a opinião dos diferentes atores sociais, em especial do setor económico.
Todas as sociedades se hierarquizam em função de um centro, mas este não é definido nem necessária nem suficientemente com base em critérios de centralidade geométrica ou geográfica. De igual modo, as periferias ou as franjas de uma dada... more
Todas as sociedades se hierarquizam em função de um centro, mas este não é definido nem necessária nem suficientemente com base em critérios de centralidade geométrica ou geográfica. De igual modo, as periferias ou as franjas de uma dada sociedade recobrem áreas muito distintas, que não se definem obrigatoriamente em função da sua localização física, mas a partir da relação mantida com o centro. No entanto, existem periferias territoriais. De facto, quando consideramos factores como a distância em relação ao centro, a localização espacial de uma região no extremo espaço onde pode alcançar a acção – e chegarem os benefícios – daquele mesmo centro, falamos de fronteira, entendida como o limite geográfico da sociedade. O estudo da fronteira tem vindo a merecer a atenção de especialistas de várias áreas científicas, nomeadamente dos historiadores e a época medieval tem fornecido bons exemplos para uma discussão em torno desse conceito e das relações centro/periferia. Vejamos o caso dos reinos cristãos peninsulares, durante a Reconquista: se existiam entre estes fronteiras políticas, aquela que se impunha pela sua evidência – fronteira étnica, cultural, religiosa e militar – era a fronteira com o Islão e as monarquias
cristãs procuravam organizar a ocupação do espaço nas regiões fronteiriças em função da guerra e de necessidades defensivas.
Palavras chave: Emigração Açoriana, Fronteira Atlântica, História dos Açores (sécs. XV-XX), Povoamento
A especificidade de modelos e sistemas que costumam caracterizar a mobilidade dos arquipélagos nas suas várias componentes, fazem com que, em muitos casos, as ilhas possam ser vistas, simultaneamente, como nódulos de atracção, territórios... more
A especificidade de modelos e sistemas que costumam
caracterizar a mobilidade dos arquipélagos nas suas várias componentes,
fazem com que, em muitos casos, as ilhas possam ser vistas,
simultaneamente, como nódulos de atracção, territórios marginais, de
tendência marcadamente repulsiva, e espaços onde facilmente os
movimentos migratórios se confundem com os de circulação de pessoas,
emprestando-lhes uma dinâmica e estrutura demográfica própria.
No caso do arquipélago dos Açores, e como diversas análises já
demonstraram, a diversidade das características demográficas das nove
ilhas que o compõem, também tem dependido em grande medida, da
mobilidade. Assim, o presente artigo pretende apresentar uma perspectiva
integrada e de síntese sobre as principais dinâmicas migratórias que
caracterizaram o arquipélago e sobre o seu impacte em termos do reforço
de um território fragmentado e diverso.
Changes in the volume of Azorean emigration between 1920 and 1950 transformed the demographic pattern of the archipelago, introducing socioeconomic adjustments to the new demographic configuration. However, it seems safe to argue that, on... more
Changes in the volume of Azorean emigration between 1920 and
1950 transformed the demographic pattern of the archipelago, introducing
socioeconomic adjustments to the new demographic configuration.
However, it seems safe to argue that, on the whole, this is not a period of
significant transformations in the content of the journalistic pieces that were
written on the subject, even if conflicting opinions were occasionally
produced.
KEY WORDS: Population, emigration, press, discourse, change.
Research Interests:
A presente edição resulta integralmente do projecto realizado entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2010 pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores e intitulado Estudo Sócio-criminal sobre a Violência Doméstica na Região... more
A presente edição resulta integralmente do projecto realizado entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2010 pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores e intitulado Estudo Sócio-criminal sobre
a Violência Doméstica na Região autónoma dos Açores. Tratou-se de uma investigação financiada pelo Ministério da Administração Interna, através da Direcção-Geral de Administração Interna, que teve como
objectivo geral actualizar e aprofundar o quadro de referência do conhecimento sobre a violência doméstica na Região Autónoma dos Açores. O excepcional trabalho desenvolvido pela equipa de investigadores
coordenados pelas Professoras Gilberta Rocha e Piedade Lalanda veio a materializar-se num relatório final, cuja dimensão, como se antecipara, é insusceptível de publicação alargada. Assim, desde logo se admitiu
que esse relatório de pesquisa deveria ficar disponível em formato digital, para consulta através da web (no sítio da DGAI e da própria Universidade), e que uma versão mais sintética, bilingue (em Português e Inglês),
seria objecto de publicação em papel e posterior disseminação junto da comunidade científica e técnica, bem como junto das Forças de Segurança. Para efeitos desta publicação solicitou-se ao Doutor António Manuel
Marques, da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal, a tarefa de sistematizar o excepcional estudo elaborado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade dos Açores, e de colaborar, conjuntamente com a DGAI, na edição da respectiva versão bilingue. Cabe agradecer a todos os que deram o seu melhor para a realização, quer da pesquisa, quer da presente edição, numa lógica de trabalho
cola­borativo que importa estimular.
Em várias teorias migratórias é destacada a importância das características dos territórios de origem e de destino, facto que respeita a todas as deslocações populacionais, principalmente as de longa distância. Se os aspectos económicos... more
Em várias teorias migratórias é destacada a importância das características dos territórios de origem e de destino, facto que respeita a todas as deslocações populacionais, principalmente as de longa distância. Se os aspectos económicos surgem como os factores principais, não devem ser negligenciados outros, que configuram os contextos políticos nacionais e internacionais, principalmente visíveis em certos períodos históricos. É neste quadro conceptual que nos situamos para aqui abordar a emigração açoriana para o Brasil, sublinhando que, na pluralidade açoriana, a ilha surge como a unidade de análise específica, identitária da evolução desta região arquipelágica.