Governo do Rio Grande do Sul quer construir cidades provisórias para desabrigados

Espaços podem ser montados em Porto Alegre, Guaíba, Canoas e São Leopoldo, municípios onde há mais gente fora de casa

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São Paulo

Quatro cidades provisórias podem ser construídas no Rio Grande do Sul para acolher vítimas das enchentes. A informação foi dada nesta quinta-feira (16) pelo vice-governador do estado, Gabriel Souza (MDB), em entrevista à Rádio Gaúcha.

Segundo ele, os locais estudados para abrigar as pessoas estão em Porto Alegre, Guaíba, Canoas e São Leopoldo. Nessas cidades, as que reúnem o maior número de desabrigados no estado, seriam construídas estruturas temporárias.

"Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio", disse.

Inundação no bairro Humaitá, em Porto Alegre - Daniel Marenco - 10.mai.2024

Souza também falou sobre prazos. "Na semana que vem, vamos iniciar a contratação. Até amanhã [sexta, 17] vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas", explicou.

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou em entrevista à Folha que das tantas questões urgentes e graves com as quais precisa lidar em meio à tragédia, a mais difícil e prioritária é a definição de como irão morar os cerca de 15 mil desabrigados na cidade.

"Não tem imóveis disponíveis neste momento", disse Melo. O prefeito calcula que o total de pessoas que necessitam de um novo lar na capital –cidade com o maior número de residências atingidas pela cheia– deve chegar a 30 mil e afirma que pediu ao governo federal que comande um plano de habitação para tanta gente.

A inundação histórica provocada pelas recentes chuvas no Rio Grande do Sul alagou ao menos 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde em 123 cidades, indicam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Além disso, ficaram submersos total ou parcialmente 682 unidades de ensino, 1.347 templos religiosos, 2.601 propriedades agropecuárias e outros 48 mil edifícios usados para outras finalidades, como lojas, bancos e prédios públicos ou comerciais. Os dados se referem às áreas alagadas até a segunda-feira (6).

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