Europa - Ásia Central
Uzbequistão
-
Ranking 2023
137/ 180
Nota: 45,73
Indicador político
132
45.52
Indicador econômico
132
38.40
Indicador legislativo
120
52.20
Indicador social
147
43.56
Indicador de segurança
127
48.98
Ranking 2022
133/ 180
Nota: 45,74
Indicador político
129
44.75
Indicador econômico
123
35.71
Indicador legislativo
136
50.88
Indicador social
138
53.33
Indicador de segurança
129
44.03

Após a morte do presidente Islam Karimov, em 2016, a situação da mídia no país não melhorou muito, e fazer críticas às autoridades continua sendo muito difícil.

Cenário midiático

Não existe canal de televisão independente no Uzbequistão. A rádio pública transmite a propaganda do governo, as rádios privadas se abstêm de qualquer transmissão crítica, por medo de serem fechadas, e a imprensa escrita atende aos interesses do Estado. Há apenas cerca de quinze veículos online, alguns dos quais sediados no exterior, que publicam informação de qualidade. É o caso do Ozodlik Radiosi, serviço em língua uzbeque da estação americana Radio Free Europe/Radio Liberty (RFERL), bloqueada no país. Cerca de um terço da imprensa utiliza o idioma russo.

Contexto político

As autoridades controlam grande parte da imprensa, bem como um grande grupo de blogueiros pró-governo. A oposição, composta, de um lado, por um movimento islâmico próximo aos talibãs e, do outro, por um grupo de nacionalistas parcialmente exilado, é proibida.

Quadro jurídico

As autoridades ainda não implementaram as reformas necessárias para acabar com as leis repressivas em relação à mídia. A censura, a vigilância e a autocensura ainda são muito presentes. Para manter a independência, algumas publicações locais relutam em se registrar oficialmente como meios de comunicação, arriscando processos e multas pesadas por causa do conteúdo que publicam.

Contexto económico

Os representantes do governo não hesitam em exercer pressão econômica ou em tentar subornar jornalistas. O crescimento da mídia independente também é amplamente prejudicado por leis que restringem seu financiamento, oriundo sobretudo de organizações baseadas no exterior que apoiam a imprensa livre.

Contexto sociocultural

Dos cerca de 30 milhões de habitantes, 60% têm menos de 30 anos. Essa população jovem, assim como a extensão da cobertura da internet, explica o grande crescimento das redes sociais no país, especialmente Odnoklassniki, Facebook e Telegram. Alguns grupos nessas redes possibilitam a troca de informações sobre casos de corrupção, um assunto com pouca cobertura na mídia oficial.

Segurança

Os últimos jornalistas presos, em alguns casos havia quase vinte anos, foram libertados, mas não puderam retomar seu trabalho. Blogueiros ainda são ameaçados ou presos, como foi o caso de Otabek Sattoryi, fundador do canal do YouTube Xalq Fikri (Opinião do Povo), condenado em maio de 2021 a seis anos e meio de prisão em um caso de difamação e extorsão totalmente forjado. Os jornalistas que tentaram cobrir seu julgamento foram vítimas de violência ou de processos jurídicos infundados. A repressão aos repórteres que cobriram as manifestações pela independência do Caracalpaquistão demonstra a disposição do governo de silenciar todas as vozes dissidentes.